Ameaças de morte, castigos físicos, dívidas que impedem o livre exercício do ir e vir e jornadas que ultrapassam 12 horas diárias. Essas são as principais causas da Revolução Industrial no século XIX. No entanto, são,ainda hoje, características do trabalho escravo no Brasil, o qual mesmo considerado ilegal, é vivenciado por boa parte da população. Portanto, informar os trabalhadores sobre seus direitos torna-se essencial na luta contra práticas desumanas no âmbito laboral. A priori, o modo de sistema capitalista, seja no meio urbano ou rural, busca a excessiva obtenção de lucros. A partir disso, a troca do trabalho humano pelo uso de máquinas parece não ser suficiente para suprir a sede ilimitada por dinheiro e poder. Desta forma, algumas empresas aproveitam da falta de conhecimento e da necessidade econômica dos trabalhadores para explorá-los de maneira cruel. Em 2010, no estado de Manaus, os operários de uma fábrica foram libertos e indenizados pelas terríveis condições as quais eram expostos. Entretanto, o principal destino escolhido por eles para indenização recebida era o pagamento de suas dívidas com a empresa. Evidenciando, assim, o poder de alienação dos patrões com os empregados e o quanto a informação e a educação são importantes no desenvolvimento do senso crítico do cidadão. À vista disso, o Estado deve, além de aumentar a fiscalização nas empresas, propiciar, aos trabalhadores, palestras sobre seus direitos e deveres. As Esferas Governamentais podem estipular punições mais severas para tais práticas ilegais. E, por fim, torna-se essencial a participação dos meios midiáticos com campanhas conscientizadoras, as quais informem as leis trabalhistas e os Órgãos que devem ser procurados em ocorrência da escravidão no mundo contemporâneo.