Título da redação:

Escravidão contemporânea

Tema de redação: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 18/04/2017

Mais de 100 anos após a Abolição da escravatura, o Brasil ainda enfrenta um cenário lastimável de trabalho forçado. Nesse contexto, a negligência por parte da população e por parte do poder público corrobora para a consolidação dessa prática desumana, antidemocrática e inconcebível na atual conjuntura. Em primeira análise, pontua-se, que o Brasil é munido de leis trabalhistas desde a era Vargas. O trabalhador, atualmente, desfruta de direitos fundamentais como: receber um salário mínimo, poder ir e vir, possui férias anuais, segurança. Todavia, ainda vê-se no país casos em que pessoas são privadas de tais benefícios e vivem uma escravidão contemporânea. Dessa forma, pode-se atribuir ao aumento da nova versão escravista, a falta de investigações e fiscalizações do poder público, o que dá espaço para comerciantes abusarem de indivíduos necessitados sem sofrerem punições. Para elucidar esse fato, é válido pontuar que muitas lojas conhecidas que utilizaram da exploração como, a Renner , a Le Lis Blanc e a pernambucanas, continuam comercializando. Em segunda análise, nota-se, que a sociedade consumista contribui, também, com trabalho forçado, pois a maioria não se preocupa em saber a origem dos bens adquiridos, logo financia o processo inconscientemente. Já por outro lado, existem os que, mesmo estando à par da cruel realidade dos trabalhadores, ignoram e prosseguem com suas compras, evidenciando uma sociedade líquida que, à luz dos pensamentos de Baumann, é composta por individualismos, superficialidades e falta de empatia Em suma, fica evidente, que o trabalho escravo é um retrocesso e não cabe a uma sociedade democrática que respeita os direitos humanos. De modo a erradicar a exploração trabalhista, inúmeras medidas podem ser tomadas, a saber: o aumento da fiscalização, por parte da polícia federal, em regiões onde ha maior índice de casos, juntamente com a criação de um disque-denúncia para que as operações de resgate seja mais precisas; a elaboração e divulgação pública de uma lista, feita pelo Ministério do Trabalho, com os nomes dos estabelecimentos que utilizaram mão-de-obra escrava para que estes percam sua credibilidade e não continuem comercializando. Por fim, o corpo Civil deveria ser sensibilizado, por meio de palestras realizadas pelas igrejas e escolas para, assim, não contribuírem e nem ignorarem essa realidade. Dessa forma, poder-se-ia chegar a um panorama mais justo e igualitário para a sociedade brasileira.