No que se refere à escravidão, pode-se perceber que, no Brasil, essa triste realidade do passado ainda não foi totalmente banida da sociedade. O conceito sobre o que seria trabalho escravo ainda é discutido, mas uma coisa é clara: O trabalho forçado, um serviço degradante ou exaustivo, além de trabalhar para pagar dívidas intermináveis; tudo isso pode ter semelhança com um período histórico vergonhoso que o país passou séculos atrás. No filme 12 anos de escravidão, é retratado o tempo da escravatura. O protagonista, que vira um escravo, é forçado a trabalhar todos os dias, sem direitos trabalhistas. Já fora das telas, existem vários casos semelhantes confirmados no Brasil. Entre os anos de 2004 e 2008, O Ministério do Trabalho, em ações conjunta com a Polícia Federal, libertou mais de 10 mil trabalhadores de fazendas, onde eles eram forçados a trabalharem várias horas por dia. A alimentação, a moradia precária (apenas uma lona para se protegerem do sol e da chuva), e tudo que ali entrava era cobrado desses servidores rurais. Com isso, sempre existiam uma dívida permanente com o fazendeiro. Isso caracteriza trabalho escravo. Além do mais, muitas estudantes que trabalham como babás e domésticas na Europa, relatam que são humilhadas e recebem só uma parte do salário. Isso pode se caracterizar escravidão. As Organizações Não Governamentais (ONG’s) Pastoral da Terra e a Fundação Alameda lutam diariamente para combater o trabalho escravo no Brasil. Essas organizações fazem as denúncias ao Ministério Público. O problema, portanto, não é só sobre o conceito de serviço escravo, mas também casos de trabalhos sem respaldo na legislação trabalhista. Os órgãos de fiscalização devem aplicar multas altas para os patrões que mantém funcionários em situações degradantes. Os bancos não devem liberar empréstimos ao fazendeiros que estão na lista de acusados por escravidão. Assim também como as ONG’s, a sociedade deve denunciar casos de trabalho escravo, ajudando a erradicar de uma vez por todas essa mazela que persiste até hoje.