Já nos tempos modernos, pós feudalismo, via-se nascer um novo sistema econômico, onde seus integrantes eram destaques conforme seu acúmulo de riquezas, diferente das demais classes. Com a ascensão do capitalismo e a “extinção” do trabalho escravo, esperanças de uma relação estável de trabalho e renda tomavam de conta do mundo ocidental. Cabe a sociedade atual, revisar a herança de certos valores e os impactos dos mesmos em tempos contemporâneos. Nos requisitos pessoais para busca de trabalho atualmente, tudo esta valendo, uma vez que a necessidade fala mais alto, com isso empresas aproveitam da busca cega por emprego. Carteira de trabalho não é mais respeitada, intervalo de almoço com horário reduzido, tudo isso caso esteja realmente a fim de um trabalho, e de uma renda garantida mensalmente, essa é a realidade de muitos cidadãos, talvez seja essa a concepção contemporânea de trabalho escravo. Para grandes empresas, geralmente qualidade vem antes de quantidade, mas essa concepção troca, quando esta ultima por vez promete um rendimento final maior. Uma recente reportagem no Jornal da Record, mostra funcionários Bolivianos em estado escravista de trabalho na cidade de São Paulo em troca de salários ínfimos, o desconhecimento dos direitos, mesmo que humanos, a necessidade e falta de emprego local de muitas pessoas, vai ao encontro com a ambição e atitudes capitalistas do empregador. Torna-se evidente, portanto, que a exploração trabalhista na sociedade moderna exige medidas concretas e não somente um belo discurso. Nesse sentido, o caminho parece ser uma difícil – mas não utópica – revisão de valores. O trabalhador na maioria das vezes é explorado devido não ter noção dos seus direitos, seja como trabalhador, ou como humano. Cabe então a mídia recolher exemplos e tratar do tema por meio de propagandas, juntamente com o governo, divulgando a existência dessa exploração e meios para evita-lo, divulgando a existência de organizações que prezam por direitos trabalhistas e humanos. Só assim, poderemos usar a expressão extinção, do trabalho escravo, sem aspas.