No Brasil estima-se, atualmente, que cerca de 200mil trabalhadores vivem em regime de escravidão. Parece difícil usar esta palavra em pleno século XXI, porém o termo faz parte da realidade brasileira. A Escravidão contemporânea é caracterizada como um trabalho forçado, servidão por dívida, condições degradantes e jornada exaustiva. Juridicamente estes conceitos levam a várias interpretações e por isso estão em discussão no Brasil. Cabe ressaltar que para quem impõe ou exerce parece duvidosa essa definição, porém para quem se submete não restam dúvidas. É necessário mudar essa realidade. O Brasil foi o último país ocidental a abolir a escravidão. Além disso, paga-se hoje um preço de uma abolição sem planejamento e a presença atual de um modelo escravista “repaginado”. Isso evidenciado no interior do Brasil através dos grandes donos de terras, criadores de gado e da cana de açúcar que se beneficiam do uso dessa mão de obra. Difícil lembrar o momento que a mídia, televisão brasileira explorou esse assunto. Mais uma vez marginalizados, esquecidos e explorados. Vale ressaltar o trabalho do Estado, iniciado há duas décadas e continuado nos dias de hoje. É preciso mais para combater essa herança histórica. Esse trabalhador precisa saber do que é capaz. De um lado o opressor, por outro lado o oprimido. Mais um legado histórico. Desta vez, o oprimido representa 33% de índice de analfabetismo, 39% de ensino até a quarta série. O errado é ensinado como certo. Como discordar se falta a educação? Neste caso, cabe a este trabalhador levantar a mão para o céu, agradecer a Deus o prato de comida e um lugar para dormir. Isso é no Brasil? O trabalho escravo só mudou o nome, porém continua existindo. O homem aprendeu a nadar como os peixes, a voar como os pássaros, porém ainda não aprendeu a conviver como irmãos. Se as palavras de Luther king fossem escutadas. Um grande passo seria dado sobre esse assunto. Não há mais tempo para aguardar. Desta maneira, o conceito do trabalho escravo no Brasil é um assunto em discussão. Cabe ao Estado definir de forma clara, ampla e objetiva este conceito para evitar qualquer ação similar ou próxima ao escravismo. Além disso, criar um programa direcionado e especifico para dar condições de crescimento para essas pessoas. À mídia, explorar os assuntos em rádios e novelas para ampliar o alcance deste conhecimento. Para sociedade cabe buscar sempre o conhecimento fomentado na ética e disseminar a ideia de que é possível crescer com base na partilha. Assim, tanto pra quem oferece o emprego quanto para quem submete ao mesmo, não restaram duvidas sobre quaisquer conceitos.