Título da redação:

Crime persistente

Tema de redação: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 17/10/2015

No início da colonização brasileira, a escravidão era a mina de ouro dos luzos. Os escravos oriundos da África, ou até mesmo nativos, eram obrigados a trabalharem por horas, exaustivamente e sem nenhum princípio de ética em suas vidas. No entanto, mesmo após 500 anos da monarquia instaurada no Brasil e mais de 100 anos da proibição de tal prática, ainda persista esse crime ardiloso cometido em inúmeras regiões nacionais. A busca intensa pelo capital -problema já previsto pelo filósofo Karl Marx - fez e faz com que alguns donos de meios produtivos, independente de ser um latifúndio ou uma confecção, irem atrás dos lucros sem importar com os meios de alcançá-los. É possível, facilmente deparar com essa realidade sem a necessidade de ir para zonas de baixa densidade demográfica. Na cidade de São Paulo, por exemplo, é comum observar imigrantes uruguaianos trabalharem nas indústrias têxteis em condições degradantes, ganhando absurdamente pouco e sofrendo ameaças de seus donos. Haja vista, que em sua maioria estão em família, temendo retaliações de seus donos com os entes queridos no caso de fugirem. Por sua vez, no Brasil existem leis que proibem esses atos ilícitos, entretanto, a grande maioria dos escravos estão localizados em áreas rurais, muitas vezes de difícil acesso. E não obstante, com o grande território brasileiro, torna-se difícil a tarefa de fiscalização dos órgãos de segurança, facilitando as ações desses criminosos. Fica claro, então, a necessidade de haver mudanças diante de tamanha crueldade. Torna-se evidente, portanto, que a escravidão por mais que pareça uma situação longínqua, é uma realidade presente. No entanto, deve partir do ministério da defesa em conjunto com o governo estadual uma adequação na fiscalização, aumentando o contigente policial e dando ordens a todos profissionais da segurança , desde um guarda municipal a um policial federal, e se for o caso, disponibilizar equipes do exército a procurar arduamente por esses delitos. E por fim, promover propagandas midiáticas para conscientização da população, de forma que forneça um número de telefone e e-mail para denúncias anônimas. Ora, o país não vive nos anos coloniais para aceitar tal crime hediondo.