Título da redação:

A ironia do trabalho

Tema de redação: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 05/10/2016

Pessoas pensam que o mundo do trabalho mudou, cegas para o que está a sua frente, que a exploração não é mais aquela dos séculos 19 ou 20. Tudo não passa de um engano, é óbvio que o mundo mudou. As explorações estão mais desumanas, não respeitando as leis acerca do trabalho. Na mente da sociedade, o trabalho é visto como algo cansativo, estressante e com pouco retorno, entretanto, estamos presos a ele. Em um mundo cada vez mais capitalista, uma sociedade baseada no consumo e na hierarquia, o indivíduo deve se submeter àquilo que não gosta, para comprar o que precisa, visando muitas vezes a ser aceita socialmente. Além disso, tal subordinação beneficia cada vez mais os que têm muito e prejudica os que têm pouco. Não é novidade que os grandes empresários no geral recebem incentivos exagerados do governo, e muitas vezes têm dividas com impostos perdoados e suavizados. Entretanto, tais benefícios deveriam servir para valorizar o pequeno trabalhador, mas isto não acontece. O lucro é o único objetivo, já o trabalhador, por sua vez, é visto como um mal necessário, “paga-se o mínimo, para que ele produza o máximo”. Como resultado das facilidades e incentivos fiscais recebidos pelos grandes empresários, o trabalhador acaba por sua vez pagando mais impostos, visto que, quem tem menos paga mais, e quem tem mais paga menos. Observando as relações trabalhistas atuais, fica claro o surgimento de uma neo-escravidão, com suas bases firmes e imutáveis. A fim de atenuar esse problema, é necessário que se observe o problema de duas lentes; a lente global e a individual. Quando se vê a exploração do trabalhador, o governo deve intervir implacavelmente, cada vez mais garantindo e ampliando direitos e garantias, e do ponto de vista individual, é necessário o questionamento da dita sociedade baseada em consumo e no dinheiro.