Em pleno século XXI, mesmo após mais de cem anos do fim da escravidão no Brasil, é possível encontrar situações análogas a essa. Não há um âmbito especifico onde ocorre tais práticas, que vai desde uma fábrica de roupas até uma grande fazenda de soja. A diferença do modelo antigo de escravidão para o contemporâneo, é que hoje os funcionários não são presos fisicamente ao local de trabalho, mas sim psicologicamente ou até mesmo geograficamente (fazendas muito afastadas da civilização). Após a crise mundial de 2008, várias pessoas de diferentes nacionalidades imigraram para o Brasil em busca de uma melhor qualidade de vida. No entanto, várias dessas acabaram caindo nas garras da escravidão moderna, tendo jornadas de trabalho desumanas, não tendo descanso nem férias, e recebendo um valor simbólico; sendo exploradas por diversos segmentos econômicos, principalmente como fabricas, industrias etc. Mesmo sendo proibido por lei desde os tempos de Grécia antiga, a escravidão por dívida persiste no Brasil até os dias atuais. Pessoas humildes que não recebem o dinheiro necessário para sustentar suas famílias acabam se endividando com patrões, tendo que quitar esta dívida com um trabalho exaustivo e degradante, similar a escravidão. Este cenário é muito comum principalmente no nordeste brasileiro, onde há grandes fazendas e pouca fiscalização por parte das autoridades competentes A escravidão é algo inaceitável nos dias atuais, por conta disso, é dever do Estado fiscalizar os locais que possam vir a ter uma situação análoga a essa, como também devem ser criadas campanhas que estimulam essas pessoas que sofrem com abusos trabalhistas a procurar a justiça, para que tenham seus direitos resguardados, e possam assim buscar sua dignidade e bem-estar social.