Século XXI, ano de 2015 e o assunto escravidão, o qual poderia ser discutido apenas nos livros de história, tornou-se atemporal e permanece atuante no Brasil. Como podem dois séculos se passarem e o Brasil ainda permanecer com as raízes opressoras e oprimidas em destaque? Será que o perfil escravo permanece o mesmo ou as mudanças de século trouxeram novos conceitos de escravidão? Desde sua descoberta até o fim do século XXI, o Brasil vivenciou e sofreu as amarras da escravidão. Os explorados e maltratados eram em sua extrema maioria: negros e índios. O simples fato de nascer sob essas condições já os tornavam escravos. Em minoria, existia a punição por dívida e prisioneiros de guerra. Entretanto, o maior embate da sociedade ao longo desses séculos foi a opressão do negro, bem como a dizimação das tribos indígenas. Muitas lutas e discussões ocorreram em prol da liberdade desse povo que vivia para servir, até que a lei áurea foi assinada e promulgou a liberdade. Liberdade? Será que existe, de fato? Atualmente, o negro e o índio não são mais escravos pela lei.Todavia, a escravidão permanece ocorrendo de forma ilícita ou mascarada na sociedade brasileira. A título de exemplo da primeira, tem-se o trabalho forçado por coronéis nos campos, que obrigam os camponeses a trabalharem por moradia, alimento, como também a escravidão por dívidas. A exemplo da segunda, tem-se a exploração do profissional no ambiente de trabalho, o qual muitas vezes trabalha por excessivas horas sem receber o equivalente, permanecendo, assim, explorado pelo maquinário capitalista sem perceber que é escravo do sistema. É neste contexto de análise, que se faz necessário rever as novas definições de escravidão no Brasil e compará-las às anteriores para traçar medidas efetivas de embate. O governo pode, por exemplo, investigar e punir os opressores que exploram camponeses no meio rural, sob pena dura de perder as terras e por crime inafiançável, além de fiscalizar as empresas que permitem o trabalho excessivo do empregado, aplicando multas com risco de fechamento da instituição. Desta forma, o Brasil, sob a forma dos brasileiros poderá deixar de oprimir sob a desculpa de ser um histórico oprimido.