Em “Todo mundo odeia o Chris”, seriado norte-americano, que retrata a vida de uma família negra estadunidense, a qual tem seu filho mais velho o Chris, única criança afrodescendente a estudar em um colégio que somente estuda crianças brancas. É cotidiano a prática de bullying sofrido por ele. Sobre tal ótica, no Brasil, tal fato está intrinsicamente ligado a falta de programas governamentais juntamente pela necessidade de debates acerca desta temática. Logo, hão de ser analisados os meios necessários para o combate desta real problemática. Em primeiro plano, vale salientar, que, dia 07 de abril é a data símbolo ao combate do bullying no Brasil, data essa, que marca a tragédia de Realengo, onde 12 crianças tiveram suas vidas ceifadas por um ex-aluno do colégio, o qual disse ter sido vítima de bullying quando estudava. Nessa perspectiva, fica evidente a falta de políticas públicas vigentes, não conseguir suprir todo o amparo necessário, já que não há desenvolvimento de atividades que assegurem a qualidade de vida de todos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), uma a cada três crianças já relataram ter sido vítima de bullying no ambiente escolar, além das dificuldades enfrentadas por estes, as vítimas contam com pouquíssimo apoio da sociedade, logo o grande sociólogo Emile Durkheim, já dizia que, a consciência coletiva define as atitudes individuais. Seguindo este viés, um indivíduo ao conviver em um meio que incentive a pratica de violência, por exemplo, ele tende adotar rejeição por qualquer pessoa, devido sua convivência neste meio. Portanto, há necessidade urgente de combater o bullying no Brasil. O Ministério da Educação ( MEC), deve ampliar investimentos em campanhas que divulguem formas de identificar crianças e adolescentes praticantes de bullying, para encaminha-las a centros de apoio psico-social ( CAPs). As prefeituras em parceria com o governo dos estados devem direcionar equipes de psicólogos, terapeutas, pedagogos e psiquiatras para fazer acompanhamentos semanais em escolas da rede pública e esclarecer qualquer dúvida que possa ter as crianças sobre o bullying sua forma de reagir e como procurar ajuda para solucionar o problema. E por fim, o sofrimento vivido pelo personagem Chris fique somente na ficção.