Na série “Elite”, três jovens, de baixa renda, recebem uma bolsa de estudos em um prestigiado colégio, contudo, assim que começam a frequentar as aulas são alvos de bullying, por parte dos outros alunos, motivado, em sua maioria, pelas diferenças sociais, culturais e econômicas. Apesar de se tratar de uma ficção, o bullying é uma prática real que atinge muitos jovens, tal intimidação coloca em risco a saúde física e mental desses menores, por isso é importante combatê-la. O bullying é uma intimidação sistemática seja pelas características do indivíduo ou de seu comportamento. Apesar de muitos considerarem banais ações, como receber um apelido maldoso ou pequenos empurrões, tais atitudes repetidas vezes configura caso de bullying. Ainda assim, os agressores podem expandir suas práticas fora do ambiente escolar, invadindo o meio virtual e intensificando agressões pelas redes sociais, o chamado cyberbullying. É importante perceber que essa exaustiva repetição afeta o psicológico das vítimas, que, por sua vez, podem desenvolver traumas para a vida toda, em casos mais graves culminar em tragédias, como o suicídio, por não saberem lidar com aquela situação. Do mesmo modo que acontece no seriado “13 Reasons Why”. É possível perceber ao longo dos episódios de “13 Reasons Why” que o bullying é um fato social de coercitividade, conforme definiu Émile Durkheim, pois os indivíduos querem que todos se encaixem nos padrões culturais e socias, que são em sua maioria impostos ao cidadão, portanto grande parte dos agressores intimidam as vítimas, por acreditarem que estes estão fora do padrão ao qual ele foi ensinado, principalmente pela família. Outra questão bastante importante, é o comportamento coletivo, que finge não ver, dessa maneira, também são indiretamente culpados pelo desfortúnio ocorrido com as vítimas. Por conseguinte, assegurar medidas de suporte psicológico e de práticas no combate e na prevenção do bullying são cruciais para minimizar a problemática. Cabe, as Secretarias de Educação a implementação de um projeto pedagógico que promova a discussão entre educadores, pais e alunos sobre o comportamento dos jovens e dinâmicas em grupo, a fim de perceber as particularidades de cada indivíduos, desenvolvendo a empatia. Por outro lado, é necessário que o Ministério da Saúde, amplie o número de psicólogos disponíveis para as escolas, garantindo suporte aos que necessitam. Ainda assim, é importante que as escolas incentivem a criação de grêmio estudantil, com representantes de cada classe, para discutir a cada bimestre a situação da escola e a interação entre os alunos, visando desenvolver um ambiente seguro e menos hostil. Somente, com a integração do ambiente familiar com o escolar será possível minimizar os efeitos destrutivos do bullying nas escolas brasileiras.