Ao analisar o tema sobre o porte de armas, vê-se que ele se tornou um problema atual. Com o aumento da violência, a necessidade de se adquirir uma arma de fogo tem sido muito questionada entre a população brasileira, principalmente nas grandes capitais do país, pois zelando pela segurança do lar, muitos indivíduos optam pela compra desse tipo de equipamento sem pensar nas possíveis consequências, como acidentes involuntários e disparos indesejáveis, que tal produto pode desencadear. Além disso, a falta de preparo do portador também deve ser considerada como um fator determinante na hora da compra,visto que o manuseio incorreto de um revólver pode acabar com a vida de uma pessoa instantaneamente. Segundo uma reportagem divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, outubro de 2017, o número de acidentes envolvendo armas de fogo aumentou 20% em relação ao ano anterior, ou seja, mesmo após as inúmeras campanhas conscientização transmitidas pelos veículos telecomunicativos sobre os riscos de se ter uma arma em casa, a quantidade de pessoas que encontram no porte de armas uma possível solução para seus problemas cresceu drasticamente. Assim sendo,conclui-se que esse acréscimo se deve ao fato de que o porte de armas oferece uma falsa sensação de segurança, visto que, em muitos casos, a vítima atingida pelo disparo não se trata de um possível bandido ou assaltante, mas sim uma pessoa do mesmo convívio familiar do proprietário da arma. Ademais, outro fator que dialoga com essa triste realidade refere-se ao elevado índice de mortes banais cometidas por indivíduos que além do porte, possuem também a posse de armas, ou seja, podem transitar livremente com uma arma de fogo. Um exemplo desse retrocesso social aconteceu no estado de São Paulo, em que o Ministério Público local abriu um inquérito para investigar a morte de um motociclista após uma discussão em um posto de combustível. Na ocasião, um sargento reformado da Polícia Militar efetuou 3 disparos em direção ao motociclista após o mesmo se recusar a desocupar uma das bombas de combustível. Com isso, nota-se a importância de medidas protetivas de urgência, como a proibição do porte de armas para ex-policiais, visto que só assim crimes como esse podem ser evitados. circulação . Outrossim, para que seja possível minimizar os efeitos ocasionados pelo porte e a posse de armas, é preciso que o Poder Judiciário, por meio de uma emenda constitucional aprovada na câmara dos deputados e no senado, tipificar como crime a venda de armas para cidadãos civis em todo o território nacional,posto que, de acordo com o estatuto do desarmamento, quanto menor for a quantidade de armas nas ruas, menor será o número de mortes cometidas diariamente. Dessarte, cabe ao Poder Executivo, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, criar uma ouvidoria pública online que registre denúncias anônimas de ex-agentes de segurança que possuem sob sua tutela o porte e a posse ilegal de armas de fogo e investigue-os, preservando a identidade e integridade do delator, visto que, agindo dessa forma, a problemática será atenuada, e a influência desses dados será minimizada.