O bullying possui um formato de agressão que consiste na prática de ações e comportamentos agressivos e intencionais contra uma pessoa, envolvendo retaliações não só físicas, mas também psicológicas como humilhações e opressões, que podem prejudicar a vida social das vítimas. Nesse sentido, a população brasileira sofre os efeitos desse “projétil” que tem como alvo principal as pessoas com baixa autoestima, uma vez que essas dificilmente conseguem reagir. Em primeira análise, comumente, o agredido possui características que o diferencia dos demais, isto é, o aluno que sempre tira boas notas no colégio ou o profissional que conquista a cobiçada promoção no trabalho. Eles estão, automaticamente, fadados à frequentes perseguições por possíveis agressores que não estarão felizes, pois o sucesso alheio acaba os incomodando, uma vez que esse sentimento de ódio é desencadeado, por vezes, pela inveja. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, 46,6% dos entrevistados alegam que já sofreram algum tipo de bullying e que se sentiu humilhado por colegas em sala de aula. Desse modo, certamente, nota-se a necessidade de fiscalizações adequadas para mitigar a problemática. Sendo assim, vale lembrar o caso do Matheus Abvragov, adolescente oriundo de Porto Alegre, que teve a vida interrompida após brigar com outros dois jovens na escola em razão de repetidas ofensas sobre seu sobrepeso. Esse evento, demonstra apenas um dos inúmeros desfechos atrozes relacionados à agressão. Nesse ínterim, o Estado e a Família, enquanto instituições sociais, possuem um papel indispensável no que tange a manutenção do bem-estar social e a retomada do equilíbrio entre as disparidades das pessoas. Além disso, a ativista social norte-americana, Helen Keller, diz que “o resultado mais sublime da educação é a tolerância”.Entende-se daí, portanto, a ideia de que a educação é um fator essencial para o combate ao bullying. Evidencia-se, destarte, que medidas devem ser tomadas para atenuar os episódios de intolerância no Brasil. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação promover ações que objetivem garantir um país mais consciente e tolerante, por meio de palestras nas instituições de ensino para os alunos, os professores e os pais, ministradas por profissionais como psicólogos e médicos especialistas para esclarecer todas as dúvidas acerca do assunto e também alertar sobre os riscos que podem surgir a partir de uma mera troca de diferenças. Ademais, a exposição dos depoimentos das pessoas que passaram por experiências semelhantes de violência e que foram tratadas, do ponto de vista psicológico e social. Logo, sem dúvidas, práticas como essa são efetivas para munir a sociedade com coletes à prova de "projéteis" como esses.