A exploração sexual infantil é uma realidade aterrorizante existente no Brasil. Neste contexto, entre 2015 e 2016, mais de 30 mil casos de abusos foram registrados nas delegacias, segundo dados do Disque 100. Dessa forma, para se ter uma ideia dos impactos causados por essa questão, faz-se necessária a analise da problemática. É necessário destacar, em primeiro lugar, como um aliciador se aproveita de uma vítima. Em áreas do país onde a pobreza é extrema, como nas regiões Norte e Nordeste, é comum indivíduos vivendo à beira da miséria. Dessa maneira, muitos jovens se enxergam sem um futuro e, neste contexto, aliciadores, visando somente o lucro, surgem oferecendo uma nova perspectiva de vida a eles. Entretanto, suas promessas nunca serão cumpridas. Neste mesmo cenário, o turismo sexual- proibido por lei no Brasil- também amplia a questão, pois esse tipo de “viajante” acaba por financiar essa indústria que urge, muitas vezes, na beira das estradas brasileiras. Nesta circunstância, as vítimas, além de extremamente violentadas, correm grandes riscos de contrair DSTs, provocando, desse modo, uma consequência eterna em seu corpo. Além da questão física, também é cabível ressaltar o efeito psicológico causado. Uma vez que essas crianças, geralmente meninas com menos de 14 anos, são obrigadas a viver nesse mundo elas acabam por conviver, constantemente, com violências de todos os tipos. Por conseguinte, não é inesperado o fato de muitas se envolverem com drogas para poderem, deste modo, suportarem a própria vida em que estão inseridas. A exploração sexual infantil, portanto, gera sérios efeitos em suas vítimas e, por isso, deve ser combatida. Por meio da construção de mais escolas, o Estado deve promover educação de qualidade a esses jovens. Além disso, nesse mesmo contexto, ONGs devem promover campanhas informativas sobre DSTs e abusos infantis. Ademais, a Polícia Civil e Rodoviária têm o dever de combater constantemente os aliciadores.