Em um país utópico, os jovens deveriam ser considerados um dos mais importantes fatores para o desenvolvimento da sociedade. No entanto, no Brasil, o aumento progressivo de casos de exploração sexual infantil acaba pondo “em xeque” a forma como a população cuida de suas crianças. Assim, faz-se necessário buscar soluções para enfrentar esse mal. Mesmo com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, o número de casos de abuso vem crescendo muito no país. De acordo com o Disque 100, principal meio de denúncia contra esse crime, aproximadamente 50 crianças são vítimas diariamente, e nos últimos anos vem aumentando em média 3% o número de denúncias. Portanto, a criação do ECA sem uma estrutura adequada para atuar nos delitos e na proteção desses jovens, mostra-se de certa maneira ineficaz. Sem dúvidas, um dos fatores para o crescimento nos casos de aproveitamento sexual é a fragilidade social de algumas famílias que acabam permitindo que seus filhos sejam aliciados para completar a renda da família. Logo, o fator da desigualdade social demonstra-se mais uma vez como o principal entrave para o desenvolvimento pleno de uma sociedade. Dessa maneira, a atenção dada ao problema da exploração da sexualidade de crianças precisa ser redobrada. Portanto, é dever do Estado, por meio do Ministério da Cidadania, a busca de uma maior estruturação nas instituições e programas, como o ECA e o Disque 100 respectivamente, como o aumento dos meios de denúncia e o aumento na veiculação de propagandas, na televisão e na internet, com o objetivo de incentivar as denúncias como forma de exercer a cidadania. Também, é preciso que ocorra parcerias entre ONG's, departamentos do governo e iniciativa privada, para oferecer assistência e oportunidades a essas crianças abusadas sexualmente, com projetos educativos com bases em áreas de esporte e cultura, pois, é necessário cuidar da futura geração do Brasil.