A mercantilização infantil para a exploração sexual vai contra os direitos à uma vida digna propostos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Sendo que, a persistência da desigualdade social e o ínfimo controle tecnológico viabilizam o crescimento desse comércio. A pobreza é um dos motivos que induzem a ampliação da violência sexual dirigida aos jovens. Segundo Elizabeth Gomes, integrante do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual, "Toda cidade que possui bolsões de pobreza está vulnerável à exploração sexual". Desse modo, por exemplo, as dificuldades da família, como na garantia das necessidades básicas de seus membros, gera a busca dos mais novos por melhores condições de vida, os quais, por morarem em ambientes propícios ao delito, são coagidos, até mesmo forçados, por aliciadores a venderem seus corpos com iniciais persuasões de ascensão. Ademais, a tecnologia disponibiliza novos meios de propagação da problemática. De acordo com um levantamento de dados realizado pela organização não-governamental SaferNet Brasil, em 2009, a mesma recebe uma média de 500 denúncias por dia de pornografia infantil na internet. Contudo, o anonimato proporcionado pelas redes obstrui o aumento dessas, além de facilitar a coibição de menores nesses veículos. À vista disso, o insuficiente limite imposto pelos pais e pelo Estado a esses suportes intensifica a causa. É necessário, portanto, que ocorra o combate a exploração sexual infantojuvenil. Logo, o Governo Federal deve criar unidades com cientistas da computação que, com o auxílio do Ministério da Justiça, fiscalizem e sejam autorizados a rastrearem pessoas que cometam o crime na internet. Outrossim, a Polícia Militar precisa de implantar mais pontos de policiamento, principalmente nas áreas mais pobres, para que a vigilância diminua os casos da transgressão.