O dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi criada após o "Caso Araceli" no ano de 1973, no qual Araceli Cabrera Crespo, de apenas oito anos, foi sequestrada, drogada, estuprada e morta. O caso foi amplamente noticiado na época, no entanto, os autores nunca foram punidos. Os casos de exploração sexual infantil aumentam cada vez mais. De acordo com o serviço de atendimento telefônico "Disque 100", mais de 17 mil denuncias foram registradas em 2016. No entanto, os números podem ser maiores, pois muitos casos não são denunciados. O que indica que o silêncio diante desses casos ajudam a perpetuar a exploração e criar uma cultura de impunidade e mais vitimas. O Brasil possui uma imagem sexualizada no mundo. Eventos que atraem muitos turistas estrangeiros como o Carnaval, por exemplo, estimulam o turismo sexual e, por consequência, a exploração sexual infantil. A sexualização também atinge programas televisivos e músicas, que enaltecem a sedução e apresentam mulheres (crianças e adolescentes) como mercadorias, objetos sexuais e de prazer, e que acabam contribuindo a essa imagem hipersexualizada do país e contribuindo, indiretamente, a exploração. É necessário estimular as pessoas a denunciarem os casos de exploração sexual infantil com campanhas governamentais, junto com a divulgação dos meios midiáticos. O governo precisa fazer leis mais duras para punir quem pratica exploração e quem usa esses serviços. Os meios midiáticos precisam parar de vender o Brasil de modo sexualizado e mostrar o pais de outras formas.