É incontrovertível que o abuso infantil é um problema presente no país, sendo que, em 2016, temporada de festa – em especial o Carnaval-, houve um aumento de 17,4% em relação às denúncias do ano, isto é, duas em cada 10 crianças brasileiras são abusadas e violentadas sexualmente. Logo, analisar causas e consequências são passos para reverter esse triste quadro. Em primeiro lugar, percebe-se que, mesmo com uma lei de defesa contra violência psicossocial e sexual, ainda carece solucionar problemas contra a grande exploração de crianças brasileiras no campo da prostituição- especialmente no que se refere ao turismo sexual. Nesse viés, a má qualidade de vida e, principalmente, descaso escolar, são fatores que corroboram para permanência dessa prática, ocasionando, assim, milhares de famílias que colocam suas filhas para trabalhar, seja qual for sua profissão, não sendo a melhor em muitas das vezes. Em uma análise mais profunda, vale enfatizar aspectos intra-familiar, ou seja, abusos relacionados a um parentesco familiar. Nesse âmbito, muito frequente em laços de família, a confiança da criança no abusador é explicita, sendo uma pessoa de convívio social. Nesse contexto, medir esforços para barrar essa prática e aplicar leis mais rígidas é uma necessidade, e não fato opcional. Infere-se, portanto, que o abuso sexual infantil permanece no país e exige medidas pelo Governo e a Mídia. Ao primeiro, cabe a ele que, por meio de leis, construa varas especializadas em municípios onde a taxa de denúncia sexual for alta, permitindo maior controle sobre tal problema. Ao segundo, por meio de subsídios federal, deverá mostrar em novelas e propagandas a triste realidade e causa desse problema no Brasil, para que assim veja despertado um sentimento de catarse ao público.