Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 11/09/2017

É indiscutível que, diariamente, crianças e adolescentes são vítimas da exploração sexual infantil, que tem por finalidade gerar lucros às custas da inocência e da ingenuidade presente nesses indivíduos. Esse problemático cenário de aproximadamente um caso registrado a cada quatro horas tem alertado a população e as autoridades para a questão. Diante disso, para que seja possível combater essa realidade, é necessário compreender sua relação com fatores socioeconômicos, educacionais e sociais. Primordialmente, sabe-se que o número de vítimas do comércio de crianças para fins sexuais varia levando-se em conta fatores como gênero, classe social e etnia. Os casos mais frequentes de exploração são com meninas de baixa renda e negras. Assim, é possível concluir que esse é o grupo que mais demanda atenção e cuidado dos órgãos responsáveis pela seguridade da criança e do adolescente. Outrossim, não frequentar escola ou fazer parte de uma família que negligencia os cuidados são aspectos que expõem a criança aos riscos de ser vítima de um aliciador. Tais instituições são as principais responsáveis pelos menores na vida cotidiana, oferecendo-lhes tanto proteção quanto instruções para reconhecer uma ameaça. Dessa forma, sem a educação e a segurança familiar e escolar, o adolescente mostra-se um alvo fácil. Ademais, é notório que muitos dos crimes relacionados à exploração sexual infantil são ocultados por uma parcela da sociedade que opta por não denunciar. Essa atitude tem certo poder de coerção, que, segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, é a capacidade que a sociedade tem de influenciar os indivíduos a agirem da mesma maneira, no caso: mantendo o silêncio e a ignorância em relação a esse tipo de violência. Logo, gradativamente, o hábito de omitir os crimes torna-se comum e corrobora para a persistência do problema. Entende-se, portanto, que o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes mostra-se, mais que uma escolha, uma urgente necessidade. Nesse âmbito, é imperioso que as Esferas Federal, Estadual e Municipal aprimorem o sistema de denúncias, tanto investindo em programas como o "Disque 100" e o Conselho Tutelar, bem como conscientizando a população por meio de propagandas sobre a importância da denúncia. Além disso, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), em parceria com ONGs, devem fiscalizar a atuação das famílias e das escolas de maneira mais contundente. Com isso, é possível reverter o atual e problemático quadro.