Vivemos em um tempo em que temos que defender o óbvio, infelizmente isso já era algo observado pelo poeta Bertold Brecht no início do século XX. Porém, até hoje, na maior parte do mundo a não exploração sexual infantil é uma obviedade que precisa ser defendida. Sob essa perspectiva nota-se a facilidade encontrada pelos criminosos, seja para atrair consumidores na internet, seja para obter vítimas, principalmente em locais deficitários socioeconomicamente. Apesar de auxiliar na luta contra diversos crimes, a internet também pode ser um meio para pratica-los. Isso é o que ocorre com relação a exploração sexual de crianças e adolescentes. Redes de divulgação de materiais com esse conteúdo são encontradas em uma parte de difícil acesso, chamada Deep Web. Nela são vendidos conteúdos pornográficos infantis, além da comercialização de menores com finalidade sexual. Porém, justamente por ser de difícil acesso, as autoridades não conseguem identificar os sites e seus criadores. Além disso, existe a facilidade para obter vítimas, principalmente em ambiente mais pobres. A exemplo disso, após investigações um esquema de venda de menores, em orfanatos superlotados, foi descoberto na Ásia. O caso, acontecia a cerca de 10 anos, porém, só foi descoberto após hackers encontrarem o site que comercializava as chamadas bonecas sexuais (crianças mutiladas). Contudo, os responsáveis ainda não foram identificados e as vendas permanecem. Compreende-se, portanto, que apesar de óbvios os direitos das crianças e adolescentes precisam ser reforçados e defendidos. Defendidos pelo Estado através da criação de agências de inteligência especializadas em crimes sexuais contra menores e aumento da segurança nas fronteiras para impedir, que assim como na Ásia, o tráfico humano seja recorrente. Além do incentivo às ONG's de proteção infantil, para difundir campanhas contra a exploração sexual e informar as famílias para que possam se prevenir.