Título da redação:

Persistência da animalização

Tema de redação: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 19/09/2017

No livro naturalista "O Cortiço", de Aluísio Azevedo, é representado as ações das pessoas embasadas no instinto animal. Essa, provavelmente, seja a explicação mais plausível para a existência de homens, os quais sustentam o mercado de exploração sexual infantil. No entanto, a objetificação dos corpos das crianças é um ato que rompe com os direitos humanos e, a qual deve ser massivamente combatida, por meio de ações conjuntas do Governo Federal, da população e das famílias. Nesse contexto, a existência de pessoas que veêm nas crianças uma possibilidade de obter lucro promove a persuasão de famílias carentes, humildes e ingênuas, as quais acredita, que estão fazendo o melhor pelos seus filhos. Essa facilidade de convencimento ocorre devido à falta sensação de estabilidade que tal mudança proporcionará. Além disso, os aliciadores procuram de forma criteriosa núcleos familiares que apresentam grande necessidade de dinheiro e, então, realizam promessas exorbitantes que influenciam na decisão dos pais. Ainda convém lembrar dos efeitos que ocorrem com as vítimas ao vivenciarem a real situação. Quando as crianças e adolescentes são retiradas de suas famílias, geralmente, são submetidas a locais miseráveis e precários, os quais não apresentam adequadas condições de higiene, como também, a inexistência de alimentação regular e balanceada. Ademais, o público infanto-juvenil é coagido a praticar atos sexuais sob o argumento de violentar e assassinar seus familiares. Outro fator existente é as consequências que a inserção de jovens nesse ambiente desumano promove ao organismo. A convivência com ameaças e opressão propicia a secreção de glicorticoides, pelas glândulas adrenais, os quais apresentam como principal representante o cortisol, hormônio do estresse, que gera a queda no sistema imunológico. Essa situação possui enorme impacto para tais crianças, visto que estão em contante contato com pessoas, que provavelmente possuem várias doenças sexualmente transmissíveis e, assim, as chances de desenvolver outras patologias é alavancada, a exemplo de câncer de colo do útero. Sendo assim, é essencial que a Secretaria de Direitos Humanos promova campanhas e palestras ministradas, por médicos e sociólogos, em locais que apresentam elevada incidência de casos de exploração sexual infantil, a fim de alertar e romper com a ingenuidade das famílias que são persuadidas pelos aliciadores. Em adição, a população deve realizar denúncias no Conselho Tetular quando desconfiarem de situações que envolvam a exploração sexual, como nas estradas, bares, restaurantes e sites de turismo, com o objetivo de atenuar que crianças sejam corrompidas e percam a beleza e pureza da infância.