A exploração sexual infantil é um problema grave que aflige a sociedade brasileira. O país possui um vergonhoso índice de casos desse tipo de abuso, havendo notícias de quatro casos por hora entre os anos de 2012 e 2016. Mas o que é e como combater essa exploração? Ela ocorre quando crianças a adolescentes são aliciados por um delinquente sexual, com o intuito de obtenção de lucro ou outra espécie de benefício. Para isso, o criminoso seduz as vítimas com falsas promessas e elas, por sua ingenuidade, acabam cedendo com maior facilidade do que adultos. Infelizmente, esse tipo de crime dificulta a persecução penal porque os abusados, muitas vezes por vergonha, sequer relatam o ocorrido para seus pais e tutores, deixando os aliciadores livres para continuarem agindo. Além disso, esses atos provocam patologias psicológicas que podem acarretar problemas sérios no desenvolvimento da criança: retração social, dificuldade de aprendizado, agressividade, entre outros. A melhor forma de combater a exploração sexual infanto juvenil é com uma atuação engajada e coordenada entre o governo e a sociedade. O Poder Executivo deve investir nas campanhas contra essa forma de abuso, de modo a incentivar a denúncia e evitar a impunidade. Por sua vez, o Poder Judiciário deve atuar no sentido de fazer valer as leis atualmente em vigor, evitando que se tornem inócuas. E a sociedade como um todo deve cobrar essa postura do governo, enquanto fica atenta para denunciar os casos de abuso com a maior celeridade possível, minimizando assim os danos sofridos pelas vítimas. Assim, a sintonia de atuações governo-sociedade certamente tem muito a contribuir para a redução dos casos de exploração infanto juvenil que ocorrem no Brasil. Quiçá um dia o país seja referência no exterior na forma como reprimiu o aliciamento de menores, contribuindo para o mundo se tornar um lugar melhor.