Após a Terceira Revolução industrial, a globalização impulsionou novas dinâmicas sociais com o uso da internet. Diante disso, a pedofilia teve sua área de atuação ampliada, possibilitando o anonimato dos criminosos. Nesse sentido, a exposição dos menores aos novos meios de comunicação e as condições sociais precárias de parte da população possibilitam a exploração sexual infantil no Brasil. Como dizia o escritor José Saramago, ‘’não tenhamos ilusões, a internet não veio para salvar o mundo’’. Nesse viés, com o avanço tecnológico, indivíduos mal-intencionados não encontram empecilho algum em contatar menores e começar o processo de aliciação. Nesse contexto, um youtuber americano ganhou notoriedade ao postar um vídeo em que, com o consentimento dos pais, iniciava conversas com adolescentes por aplicativos de celular e marcava encontros depois de poucas mensagens trocadas. Logo, é perceptível o quão expostas aos casos de pedofilia, as crianças e adolescentes estão ao fazerem uso das redes sociais sem a fiscalização de um adulto. Além disso, na maioria dos casos a baixa renda familiar é o principal fator que torna os juvenis suscetíveis a exploração sexual. A falta de apoio e de estrutura familiar, ligadas ao conceito chamado de "Modernidade Líquida" pelo sociólogo Zygmunt Bauman, no qual a sociedade contemporânea estaria imersa em instabilidade e inversão de valores, faz com que, muitas vezes, famílias em condições sociais precárias, permitam a entrada dos filhos na prostituição. Para comprovar tal situação, uma pesquisa divulgada pelo site G1, mostra que 27% dos pontos de prostituição infantil no Brasil, estão no Nordeste, região de menor IDH. Entende-se, portanto, que a tecnologia e a pobreza impulsionam a exploração infantil. Sendo assim, a família deve promover o monitoramento das atividades dos filhos na internet, educando-os para evitar trocar mensagens com desconhecidos, tendo assim, o controle da vida social dos filhos nas redes sociais. Outrossim, é importante que o Governo dos Estados invista no oferecimento de alimentação, moradia e educação nas regiões mais carentes do país, construindo casas populares, escolas e a criando uma “bolsa alimentação”, para que a pobreza não seja mais uma causa de exploração infantil.