Desinformação, dificuldade, impunidade. Essas mazelas são características da atual conjuntura do combate à exploração sexual infanto-juvenil. Conforme Carlos Drummond, que em seu famoso poema faz referência a uma pedra, a qual o angustia e impede sua progressão, o aliciamento de crianças revela as mesmas preocupações para o desenvolvimento da sociedade. Observa-se, todavia, um gradativo aumento da luta contra tais acontecimentos. Em primeira análise, cabe pontuar a precária gama de informação que permeia no brasil. É nevrálgico, orientar-se ao âmbito da disponibilidade dos canais de denúncia pela população, nesse sentido, o Governo Federal vem, a partir de campanhas midiáticas democratizando o acesso aos meios de comunicação para engendrar progressivamente queixas sobre a exploração sexual infantil. Esse processo, tem apresentado resultado e é visto nos 37 mil casos informados apenas no ano de 2015. No entanto, convém frisar a dificuldade histórica da justiça brasileira refletida, dentre outros aspectos, em sua morosidade. Sob tal ótica, quando Albert Camus, escritor argelino, afirma que se houver falhas na conciliação entre justiça e liberdade, haverá intempéries de amplo espectro, corrobora o sentimento de impunidade da sociedade civil, e consequentemente, ações de aliciamento são verificadas em exponencial. Tal proposta, é vista na diferença do numero de casos resolvidos entre o Brasil e países que não sofrem com um tribunal inchado e lento. À luz do exposto, por conseguinte, reconhece-se o aumento do combate à exploração que deságua para uma erradicação dessa mazela. Contudo, devido aos obstáculos existentes, medidas são necessárias para agilizar tal processo. A União, juntamente com o Ministério da Justiça e o do Turismo, precisa criar planos para incentivar as denúncias, acabando com a sensação de impunidade, através de operações entre as Polícias Federal e Civil, em locais informados pelo M. do Turismo - responsável por apontar onde ocorre o turismo sexual lucrativo , averiguando as denuncias e posteriormente, pela tribunais, condenando os criminosos. Permitindo, por fim, a retirada da pedra do caminho brasileiro.