A exploração sexual infantil é uma prática criminosa que visa o lucro através da ingenuidade e vulnerabilidade de crianças e adolescentes. Essa realidade, infelizmente muito ocorrente nas sociedades atuais, é originada na mídia, principalmente nas redes sociais. A superexposição, a falta de informação e atenção muitas vezes são os principais agentes responsáveis pelo incentivo dessa prática. Segundo um balanço de denúncias feito pelo Disque 100, canal para relatar casos de violação dos direitos humanos o Brasil somou pelo menos 175 mil casos de exploração sexual de crianças e adolescentes entre 2012 e 2016, o que representa quatro casos por hora. Apenas entre 2015 e 2016, 37 mil casos de violência sexual na faixa etária de 0 a 18 anos foram denunciados. A maioria das vítimas são meninas de 0 a 11 anos de idade. Os dados são chocantes, mas infelizmente, são a nossa realidade. Desde pequenas, as crianças já aprendem a usar as novas tecnologias, as redes sociais, e muitas vezes usam sem nenhuma supervisão, e esse descuido pode acarretar em consequências irreversíveis. A superexposição nas redes sociais, por meio de fotos, relatos particulares e descrições sobre a localização, são atos que facilitam a prática do sequestro pelos aliciantes. Muitas vezes, os próprios pais e familiares expõem exageradamente a criança, e ficam tão preocupados com as visualizações e curtidas que acabam deixando de prestar atenção em situações preocupantes. Sendo assim, temos que abrir nossos olhos e levantar nossa voz, denunciar, lutar e buscar cada vez mais formas de erradicar essa prática . Um modo para combatermos a exploração sexual infantil é através de investimentos em programas públicos que visem ajuda educacional e informação para crianças e adolescentes, tratando de ensinar a usar as redes sociais de forma segura e a fugir de situações perigosas.