No Brasil, a exploração sexual infantil representa forte ameaça à inocência e dignidade de nossas crianças e adolescentes. No que se refere a isso, a Unicef demonstra que a impunidade é o principal fator que dificulta o combate à esse tipo de violência, tendo em vista não só o aumento da ocorrência deste crime, mas também o grande acervo virtual de pornografia infantil. Em relação à proteção da criança e do adolescente, o Brasil foi um dos primeiros países a adotar uma legislação específica. No entanto, somente a existência do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA - não previne os crimes de atentado juvenil, pois o processo de mapear ações ilegais é complexo. Planejamentos policias para rastreamento e prevenção da exploração tornam-se difíceis devido à falta de dados estatísticos, o que favorece o aumento dessa ação criminal. Somado a isso, há o grande acervo virtual de pornografia infantil. De acordo com a Interpol, em 2006, seu banco de dados possuía casos de pornografia com mais 20 mil crianças. A ONU também estima que 223 milhões de menores sejam vítimas de exploração sexual infantil. Ou seja, o público deste tipo de conteúdo é significativo. Portanto, o combate a esse crime contra a criança e ao adolescente ainda não apresenta resultados satisfatórios. Devido a isso, é fundamental ações policiais e do Poder Judiciário. O primeiro monitorando fluxos intermunicipais, impedindo o tráfico de crianças para esses fins repugnantes, e o segundo, julgando e punindo efetivamente os aliciadores desses menores, evitando a reincidência desses criminosos.