Título da redação:

Infância Roubada

Tema de redação: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 29/09/2017

A atração sexual por crianças e adolescentes é denominada pedofilia, que pode estar associada ao abuso ou exploração sexual. As vítimas sofrem com as consequências negativas dessa violência e têm receio de denunciar ou conversar sobre o problema. No Brasil, o número de casos registrados nos últimos anos é alarmante e requer atenção da sociedade quanto ao problema. Nesse contexto, é preciso intensificar os meios de denúncia e garantir apoio aos menores. Em princípio, é incontrovertível que as tecnologias são utilizadas pelos criminosos para assediar anonimamente, com promessas e perfis falsos, porém, não é o principal meio de abusos da atualidade. O livro “Lolita”, de Vladimir Nabokov, retrata o assédio feito pelo padrasto a uma criança de 12 anos. De acordo com o clássico e uma pesquisa realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (D.H.P.P.), 40% dos acusados têm parentesco com a vítima. Desse modo, o estupro é velado e a criança não busca ajuda com a família, pois sofre constantes ameaças. Por outro lado, os resquícios deixados pela violência deixam marcas que a criança leva por toda a vida. A exclusão social, transtornos físicos e psíquicos afetam o desenvolvimento do adolescente. Destarte, o Disque 100 confirmou que a maioria das vítimas são meninas e os agressores são homens adultos. Simultaneamente, as pesquisas da OMS relatam que pedofilia é uma doença e que nem todos os portadores já praticaram o abuso. Assim sendo, é perceptível a necessidade de acompanhamento psicológico para os envolvidos. Percebe-se, portanto, a urgência em contornar esse problema conjuntural. Para isso, o Ministério da Saúde deve promover campanhas midiáticas na televisão e na internet, mostrando dados da realidade brasileira, divulgando também o disque 100 e a delegacia da criança e do adolescente para que os casos não sejam omitidos. Ademais, o conselho tutelar de cada município deve promover palestras nas escolas, com a participação de psicólogos a fim de levar aos pais e alunos a necessidade de conversar abertamente sobre os perigos com o intuito de reconhecer o crime, evitá-los e buscar seus direitos.