Como reflexo da crise financeira - imobiliária - de 2008 é possível afirmar que o perfil mercadológico de vários países foram modificados. Acerca disso, faz-se relevante destacar a mudança na economia brasileira, marcada pela queda de produtividade, o que desencadeia uma série de alterações no mercado de trabalho. Desse modo, há uma descompasso entre a qualificação da mão de obra e a demanda, ou seja, a saturação de profissionais em certas áreas e a carência em outras. Dessa maneira, o que se tem é a queda na produtividade, e em consequência, no crescimento econômico do país. Em contraste com essa condição, há a realidade sul-coreana promissora, cuja gênese se encontra no financiamento de centros de inovação em conglomerados empresariais. Diante disso, no Brasil o que se tem é a falta de incentivos para adequar a melhoria educacional às demandas das empresas, a fim de se obter um "salto" produtivo. Nesse contexto, em meio a um processo inflacionário como o de 2015 há a elevação na taxa de desempregados - 7,6% segundo o IBGE, principalmente nos centros urbanos. Dessa forma, mesmo que no agronegócio que progrediu bastante ao longo das décadas dos século XX e XXI não haja uma manifestação intensa dessa condição, no caso da construção civil se faz presente. Sendo visível, ao passo em que profissionais da engenharia ocupam vagas em áreas diferentes de sua formação ou se não estão fora do mercado de trabalho. Somado a isto, há a popularização dos "bicos" - atividades informais, em todo o país, como uma forma de se manter um mesmo padrão de consumo. Portanto, o cenário do mercado de trabalho brasileiro assim como em outros países, vivência efeitos pós-crises econômicas, que se estendem por longos períodos, ao alterar e dificultar o avanço produtivo. Dessa forma, a saturação de mão de obra e a carência de postos de trabalho, exige que o Estado em parceria com empresas promova a "medição do mercado", ou seja, estabeleça um parâmetro entre a oferta e a demanda, direcionando cursos técnicos a fim de atendê-las.