Desemprego. Criminalidade. Distinção econômica. Fatores como esses caracterizam a realidade brasileira acerca do mercado de trabalho, o qual é intensamente dependente da situação financeira nacional e da escolaridade social. Atualmente, o Brasil possui diversos problemas na empregabilidade dos serviços públicos e privados, além da desigualdade salarial alarmante. Nessa perspectiva, é fundamental analisar o contexto histórico que originou a problemática da desigualdade financeira populacional, bem como as consequências que isso provoca ao país. Inicialmente, torna-se imprescindível ressaltar a questão étnica-racial que originou a miscigenação social brasileira, a fim de compreender o obstáculo trabalhista. Desde a vinda da família Real ao Brasil, no início do século XIX, a oportunidade de ensino escolar de qualidade e o ingresso dos jovens às faculdades federais eram limitados; isso porque o acesso era restrito aos mais abastados financeiramente e descendentes de europeus. Esse fato, notoriamente, repercutiu até os dias atuais, visto que a população nacional se divide entre estudantes frequentadores de um ensino público de baixa qualidade e de ensinos privados- com educação reconhecida mundialmente; construindo, assim, um ciclo interminável de desigualdade social, devido às dificuldades de mobilidade social por parte da população de baixa formação estudantil e, consequentemente, de distinção profissional ao longo das gerações. Não menos relevante, é de extrema importância pontuar os reflexos que essa problemática traz para o país. A exemplo da população dependente dos recursos providos de governos assistencialistas, é visível analisar a vasta pobreza que abrange o país, ainda que este tenha um PIB consideravelmente elevado. Essa necessidade financeira, inevitavelmente, promove intensa criminalidade, tráfico de drogas, pirataria e empregos autônomos ilegais; ambos devido às trocas comerciais favoráveis entre a sociedade provida de mais capital financeiro e da população que necessita de recursos básicos para manter-se estável, mesmo que, para isso, seja preciso praticar a violência. Portanto, compreende-se como essencial que medidas sejam tomadas para amenizar o impasse social que abrange a nação brasileira. É viável que o Ministério da Educação invista na qualidade da educação intelectual e ética das instituições de ensino, com mais professores capacitados e material gratuito, a fim de melhorar a situação econômica dos mais necessitados e evitar as práticas ilícitas praticadas por muitos, respectivamente. Além disso, é necessário que autoridades governamentais promovam crescimento das oportunidades de emprego, através da criação de indústrias nacionais, objetivando extinguir o desemprego conjuntural.