O Brasil, desde a colonização e posterior independência, encontra dificuldades na distribuição igualitária de renda. A educação ainda se encontra longe de atingir os patamares esperados, onde poucos conseguem concluir o ensino superior e adentrar no mercado de trabalho. Com a decrescente oferta de empregos, o país se encontra cada vez mais longe de extinguir a desigualdade de renda. Não é dos dias atuais a intensa preocupação com o nível de desemprego que assola o país. Os portugueses de séculos atrás não tinham a intenção de tornar o Brasil independente, portanto, garantir qualidade elevada de vida não era sua preocupação. Porém o país conquistou autonomia e esperava-se que a luta por igualdade teria fim, mas as intenções individuais da minoria continuaram exercendo forte controle social. Tanto conflito de interesses impediu que a população de baixa renda melhorasse de vida, fato que se prova nos altos índices de pessoas analfabetas ou com educação incompleta. Não é de se surpreender que tantos jovens tenham desistido de estudar. A falta de renda não permite que o aluno perca tempo e deixe de trabalhar para garantir um diploma, mesmo que tal decisão limite sua ascensão econômica. Se pelo menos a oferta de emprego fosse elevada, até quem não concluiu os estudos poderia ter a chance de obter um emprego estável, mas não é o que acontece. A crescente busca por lucros maiores demanda mão-de-obra barata, o que faz com que a tecnologia substitua o esforço humano e eleve os níveis de pobreza. É compreensível que o passado tenha deixado marcas profundas no desenvolvimento do Brasil, mas é imprescindível que perante tal quadro, o país necessite de uma reforma. Programas de incentivo a educação da população carente poderiam ser ampliados, garantindo um maior número de bolsas de estudo, além de que mais empresas estatais poderiam ser criadas, aumentando a oferta de emprego. Somente o compromisso com a defesa social será capaz de retomar o país aos objetivos da independência.