Não existe estabilidade infinita. Basta ter um raso conhecimento de economia para saber que o setor financeiro é formado por altos e baixos, "déficits e superávits", o que é refletido nitidamente em dados socioeconômicos e empregatícios. A crise econômica que aflige o país pode ser facilmente identificada no aumento estrutural das taxas de desemprego e na lenta paralisação de fluxos comerciais, algo que explicita a urgência de mudanças na gestão do governo brasileiro. Uma das graves consequências da crise pela qual passamos é o aumento proporcional da população de baixa renda, que se dá graças à má qualidade da educação no país e à escassez de empregos. A instabilidade do mercado de trabalho exige cada vez mais uma maior qualificação da mão-de-obra e gera uma menores quantidades de vagas a serem preenchidas e uma ociosidade massiva. Ainda é importante apontar que, diante de mudanças estruturais como essa, é papel do Estado realizar manobras de auxílio e alterações na superestrutura, o que ocorre ineficientemente no Brasil. Dessa forma, a falta de reação do governo sob a crise se coloca como importante barreira para que seja superada. Assim, fica claro que precisam ser tomadas medidas como aumento do investimento do governo em educação, por meio da elevação do piso salarial de professores da rede pública e de reformas no sistema educacional, bem como a realização de obras públicas e a criação de cursos profissionalizantes de alta qualidade, para que se caracterize uma reação do Estado visando a estabilização do mercado de trabalho e a superação de um período de dificuldades.