Com a explosão demográfica e a urbanização, no século XIX, houve terciarização do trabalho, para a sociedade brasileira. Entretanto, esse não é, nem de longe, um dos motivos para a alta taxa de desemprego, no Brasil. A terciarização promoveu a concentração de trabalhadores nas atividades terciarias. Porém, a taxa de pessoas desempregadas, no setor terciário, aumentou significativamente no último ano. Com a crise econômica de 2015, somada à recorrente falta de investimentos da educação, houve estagnação da economia e instabilidade para a classe trabalhadora. No entanto, o principal motivo para o desemprego é o círculo vicioso, começando pela renda comprimida pela inflação, levando à redução do consumo e afetando os diversos setores da economia. Desse modo, as demissões em massa se torna inevitável, aliada à crescente expansão do trabalho por conta própria e, consequentemente, famílias economicamente desestabilizadas, por falta de proteção quanto aos benefícios trabalhistas. Por conseguinte, os diversos setores de economia, no Brasil, conta com a desvalorização do profissional, em meio à crise, uma vez que se torna bastante difícil para as empresas, o pagamento de um funcionário qualificado. Com isso, reduz-se a oferta de vagas. Vale esclarecer, ainda, o alto custo da educação de qualidade, no país. Logo, uma população com baixo poder econômico fica impossibilitada de concorrer a vagas que exigem profissionais qualificados. Fica claro, portanto, que para uma mudança significativa no atual cenário de desemprego, é preciso planejamento e reestruturação em longo prazo. A começar pela educação, cursos técnicos, como o SENAI, deveria abranger uma maior quantidade de vagas. Bancos de investimentos brasileiros podem se mobilizar para financiar projetos para empresas que se comprometeram a contratar profissionais qualificados. Por fim, o Ministério do Desenvolvimento deve incentivar o empreendedorismo, a fim de gerar maior competitividade e inovação entre empresas.