É possível afirmar que o cenário do mercado de trabalho no Brasil vem se tornando cada vez mais flexível. Isso se evidencia não só pelas formas alternativas de emprego, mas também pela junção de trabalho e lazer. Em meio às grandes ondas de desemprego e recessão, o emprego estável é, aos poucos, substituído por formas mais inconstantes de trabalhar. Nessa perspectiva, em concordância com as novas tendências tecnológicas, o empreendedorismo ganha espaço, destacando-se pela maior flexibilidade e uma maior possibilidade de atuação no setor terciário(setor que mais cresce no Brasil). Aliado a isso, o número de trabalhadores autônomos também cresce, o que se contradiz com as intensas lutas pela quais o proletariado teve que passar para consolidar seus direitos trabalhistas. Além disso, contrapondo-se ao Fordismo e ao Taylorismo apresentados no filme de Charlie Chaplin, “Tempos modernos”, os meios de produção se diversificaram, ocasionando o surgimento de novas formas de trabalho. Com isso, torna-se cada vez mais frequente a opção dos jovens em trabalhar naquilo que gostam, evidenciando a atenuação da linha que separa o trabalho da vida social e do lazer. Faz-se clara, portanto, a maior diversificação e flexibilidade do mercado trabalhista brasileiro. Desse modo, por meio da ação pontual na defesa dos direitos dos trabalhadores e no incentivo aos empreendedores e autônomos, é importante que o governo atue em manter tal flexibilidade, considerando a “ mão invisível “ do liberalismo de Thomas Hobbes o princípio norteador do trabalho.