Nefasto. Essa é a palavra que melhor define a realidade do mercado de trabalho brasileiro. Isso é afirmado, pois a retração dos postos de trabalho, em 2015, foi semelhante à de 2009, ano em que o mercado global sofreu com a crise norte americana. Desse modo, medidas cujo objetivo seja alterar esse cenário são necessárias. É necessário considerar que o desempenho econômico negativo em 2015, queda de 3,8% do PIB (IBGE), impacta o mercado de trabalho. Isso acontece uma vez que a indústria não tem demanda suficiente de seus produtos/serviços, pois a sociedade está receosa e prefere postergar suas compras para momentos econômicos mais favoráveis. Assim, a força de trabalho disponível para a produção não se faz necessária, o que leva à demissão. Ainda, é importante mencionar que o atual cenário brasileiro requer que os trabalhadores estejam mais qualificados. Conforme fenômeno observado em países como os Estados Unidos e Alemanha, à medida que a nação cresce, o setor de serviços é mais demandado do que o setor de manufatura. Assim, com a redução de empregos no setor secundário (industrias) o proletariado tem de se qualificar para poder se alocar no setor terciário (comercio e serviços), porquanto é característico nesse setor uma maior necessidade de especialização dos funcionários para atender às demandas dos consumidores. Fica claro, portanto, a necessidade de mudanças para adequação à nova realidade. Para isso, o governo pode instituir parcerias público-privada para possibilitar a construção de mais escolas técnicas. Além disso, deve limitar seus gastos para evitar novo déficit no PIB, o que causa deterioração do mercado. Outrossim, a mídia deve divulgar os programas sociais do governo para que a população possa aderi-los.