Título da redação:

Mercado Ambíguo

Tema de redação: O cenário do mercado de trabalho no Brasil

Redação enviada em 16/09/2016

Crises são inerentes aos sistemas comerciais e modelos produtivos, e afetam diretamente toda a dinâmica do mercado de trabalho, como por exemplo: a crise de 1929 em várias partes do mundo e a década perdida na década de 80 no Brasil, que acabaram gerando uma massa de desempregados. Atualmente, o Brasil enfrenta uma nova crise, mas com uma peculiaridade, há falta de postos de trabalho, porém, o investimento em qualificação profissional só aumenta. O Brasil hoje carrega uma marca, 12 milhões de desempregados, esse que é o maior número de desempregados que esse país já teve. A falta de postos de trabalho é nítida, desde os cargos em multinacionais até os cargos em pequenos comércios locais, e até o presente momento não houve algo que pudesse reverter tal situação, e isso está gerando um ciclo vicioso: não há emprego, as pessoas não tem dinheiro para gastar, as empresas não lucram e não conseguem manter os funcionários, gerando mais desemprego. Além do fator falta de emprego, há ainda uma estrutura trabalhista exploradora no país. Os dirigentes das empresas cada dia mais buscam usar a menor quantidade de funcionários na maior carga de trabalho que for possível, e isso acaba impedindo que um maior número de pessoas seja usado no trabalho, gerando assim mais desemprego e falta de oportunidade. E por falar em oportunidade, o número de pessoas que buscam qualificação profissional cresce cada dia mais. Programas como Pronatec, SISU, Prouni, Fies e Idiomas sem Fronteiras facilitaram o acesso ao ensino e muitos puderam ter acesso a uma educação, porém, muitos deles se deparam com as situações já citadas, e o país então criou uma massa de qualificados desamparados, que esperavam encontrar na qualificação uma melhor condição, contudo, o cenário foi outro. O Brasil ainda não encontrou as diretrizes para driblar a crise e criar mais trabalho, todavia, talvez seja hora de tentar criar um New Deal brasileiro, com forte investimento em obras públicas /para usar parte da massa de desempregados/, um forte controle estatal sobre os preços e a produção e uma diminuição da jornada de trabalho e fim das horas extras /para dar espaço aos outros trabalhadores/.