Com o advento da industrialização, o homem foi perdendo gradativamente seu lugar no mercado de trabalho. Tal fator evidencia-se, principalmente, nas classes baixa e média, em que o nível educacional é pouco ou nenhum. Diante disso, cabe avaliar o quadro brasileiro de desemprego e os motivos que levam grande parte da população a recorrer ao setor informal. Em um primeiro plano, é imprescindível destacar a questão das inovações tecnológicas frente ao baixo índice de oferta de trabalho. Com a Terceira Revolução Industrial a partir de 1970 e o conseguinte surgimento do Meio Técnico Científico-Informacional, o modelo produtivo adotado foi o Toyotismo, caracterizado pelo uso da mão de obra qualificada. Consequentemente, as vagas de serviço para a população de baixa escolaridade vêm reduzindo cada vez mais, levando ao aumento do subemprego no país, no qual esse último se torna uma saída imediata para o indivíduo desempregado. Entretanto, o trabalho informal configura-se como uma prática ilegítima, tendo em conta a sonegação do imposto de renda, além de ser ruim para o trabalhador, haja vista que esse não tem garantia de emprego, recebe pouco e é constantemente explorado. Somando-se a isso, é preciso ressaltar as decisões tomadas pelos brasileiros diante de tal situação. Centros educacionais que oferecem o supletivo e cursos técnicos gratuitos são medidas já criadas pelo Governo que contribuem para ampliar as oportunidades da população no mercado de trabalho. Isso se deve ao fato de esses projetos darem uma maior facilidade de acesso à educação, qualificando a mão de obra do trabalhador e possibilitando que ele encontre empregos que exijam menos força física, além de oferecerem um salário maior e uma garantia de remuneração mesmo após a dispensa – seguro desemprego. Fica evidente, portanto, que a educação tornou-se um fator bastante prestigiado pelo mercado de trabalho. Assim sendo, é preciso que o Governo amplie seus programas, como o Pronatec e as escolas de educação continuada, dando acesso à maioria da população a melhores oportunidades de serviço. Acresce-se a isso, campanhas de divulgação dessas medidas e incentivo por parte da mídia, sobretudo nos locais de maior incidência de trabalhadores informais. Dessa forma, o país não rejeitará o progresso, mas caminhará ao lado dele.