A maior preocupação que uma pessoa possui ao escolher uma profissão é sobre o mercado de trabalho. Em um mundo totalmente globalizado e capitalizado, não há como simplesmente ignorar as mudanças que o mercado vem sofrendo nas últimas décadas. As empresas e os contratantes estão se tornando cada vez mais exigentes, as pessoas necessitam serem possuidoras de extensos currículos e especializações; tudo isso apenas atenua uma desigualdade social e econômica já existente. Diante disso, o governo – principalmente os órgãos ligados à educação e profissionalização – passou a dar mais atenção à tal problemática. Projetos de capacitação parecem estar dando ótimos resultados e estão sendo cada vez mais adotados. O único porém disso é que, por serem mais baratos e rápidos, acabam substituindo o ensino superior e correndo o risco de saturar determinadas áreas profissionais. Ter um emprego envolve muito mais que ganhar dinheiro. É necessário haver vontade, dedicação e responsabilidade. O que acontece muito atualmente, infelizmente, é o fato das pessoas escolherem determinadas profissões baseadas em status e salário. Isso, além de causar uma supervalorização em áreas como Direito, Engenharia e Medicina, também provoca o esquecimento de outras profissões tão ou mais importantes que as citadas. Deve-se ressaltar que, por muitas vezes, essas pessoas acabam tornando-se infelizes profissionalmente também. Tendo essa visão em mente, o Ministério da educação deve criar mais projetos de incentivo para as pessoas ingressarem no ensino superior, poderia também continuar criando novos cursos técnicos, em diversas áreas, evitando a saturação das mesmas. As empresas – pequenas ou grandes – podem fazer suas partes também, ajustando suas exigências para a realidade do mercado de trabalho. É certo que, junto com o mundo, tudo deve mudar, mas tais transformações devem ocorrer aos poucos e de forma gradativa, dessa forma, os prejuízos serão bem menores para todos.