Um dos cenários que mais preocupa o governo e a população brasileira atualmente é o mercado de trabalho. Muitas pessoas desempregadas e sem qualificação lutam para conseguir uma oportunidade, enquanto as poucas vagas existentes solicitam um alto grau de escolaridade e habilitação, contribuindo para a estagnação do desenvolvimento do país e o aumento da exclusão social. Para o sociólogo e filósofo Émile Durkheim, o Estado surgiu em razão à tendência das relações sociais de se tornarem mais complexas com o tempo, muitas vezes ocasionadas por algum desenvolvimento tecnológico. A transição do uso de máquinas de escrever para computadores de ponta dentro do ambiente de trabalho, por exemplo, expõe como um avanço tecnológico pode passar a exigir certa habilidade em um ofício. Então, o Estado deve estar de acordo com a evolução da sociedade para acabar com o impasse presente: o mercado de trabalho exigente contra uma população mal qualificada. Embora o mundo seja contemporâneo, problemáticas como a falta de acesso à educação ainda são muito comuns. Pessoas analfabetas, com ensino fundamental ou médio incompleto encontram diversas barreiras para conseguir uma oportunidade de emprego, já que a maioria das empresas requisitam trabalhadores com alto grau de escolaridade, além da preferência por candidatos com um longo histórico profissional, o que também dificulta a inserção dos jovens sem experiência no mercado de trabalho. Além de que, há a restrição no mercado para os idosos, que sofrem com o preconceito por serem considerados inválidos e incapacitados para contribuir em algum ofício. Porém, é garantido no Estatuto do Idoso o direito de exercer qualquer atividade profissional que não desrespeite suas condições físicas, intelectuais ou psíquicas. Afinal, essa população assim como qualquer outra classe trabalhadora, apenas busca uma ocupação que lhe proporcione uma vida digna. Portanto, em meio ao caos urbano do mercado de trabalho, o Ministério da Educação deve ampliar projetos do governo, como o Pronatec, que possibilita a inscrição de jovens em cursos técnicos e profissionalizantes. Por meio do aumento de escolas de período integral que apresentem os dois ensinos, o ensino médio e o profissionalizante, o jovem terá mais experiência em uma ocupação e consequentemente mais oportunidades de emprego após a conclusão dos estudos. Além do aumento de instituições que ofereçam cursos de capacitação de idosos para o mercado de trabalho, juntamente com os direitos garantidos no Estatuto do Idoso, é possível promover uma melhor inclusão social e o fim do caos moderno.