O grande filósofo, Karl Marx, dizia em sua obra, O Capital ; que, no contexto do mercado de trabalho, o lado que possui a sua mão de obra expropriada é mais fraco em relação aos que lhes contratam. De fato, a teoria marxista vale para todos os países capitalistas, porém, a falta de mão de obra qualificada, no Brasil, torna o cenário bem pior. A falta de investimentos educacionais e tecnológicos refletem no mercado de trabalho. As empresas querem cada vez mais lucrar, e para isso têm selecionado profissionais capacitados para preencher suas ofertas de trabalho. Com isso, o brasileiro sai perdendo, pois é pouco qualificado e preenche as vagas de menores salários. Segundo o IBGE, apenas 16% dos trabalhadores brasileiros possuem ensino superior. Dessa maneira, as vagas de emprego, com salários altos, têm sido preenchidas por estrangeiros. Hoje, há importação de médicos cubanos, engenheiros portugueses, técnicos de informática e outros profissionais. Um país que possui mais de 200 milhões de habitantes não necessitaria importar mão de obra, mas, a falta de preparação faz com que as empresas sejam obrigadas a buscarem esses profissionais. Fica claro, portanto, que o problema, não é a falta de emprego, e sim a qualidade dos profissionais. É possível reverter essa situação com educação de qualidade, que deve ser implementada desde o ensino fundamental até o nível superior, motivando e incentivando o aluno a não parar de estudar e prepará-los para um mercado competitivo. Além disso, o governo deve oferecer cursos, em parceria com empresas, visto que o custo seria revertido em bons profissionais. Não haverá mais espaço para os que não se qualificarem.