O tráfico de animais silvestres no Brasil é um problema que vem sendo enfrentado há décadas. Apesar de haver o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), que é responsável pela preservação dos recursos naturais como a fauna e a flora, ainda é possível encontrar brechas na fiscalização, principalmente na Floresta Amazônica. Lamentavelmente, o contrabando de animais que estão em risco de extinção (como gralha azul, uma das principais responsáveis pela dispersão das sementes de araucária) ou que possuem algum valor no comércio (como a pele de onça ou de cobra para fabricar tapetes e outros utensílios) se tornou um negócio de alto rendimento financeiro para os traficantes, já que a fiscalização é deficitária. Entretanto, além do tráfico desordenado, há o risco de as espécies contrabandeadas serem completamente extintas, desequilibrando as relações ecológicas de controle de populações na região (chamada de predação).Contudo, este não é um problema apenas brasileiro, podendo abranger outros países e causar danos irreversíveis. Na década de 1980 foi introduzida no Brasil uma espécie de caracol que causou danos ambientais presentes até hoje nos centros urbanos e rurais. O Caramujo Gigante Africano foi trazido para o país com objetivo de comercialização, porém, não obtendo sucesso, foram soltos nas florestas brasileiras pelos criadores. A irresponsabilidade desse tipo de ato foi determinante para que houvesse um grande impacto, pois como não há os predadores naturais (gambá) dessa espécie nesses locais, o equilíbrio ambiental foi comprometido, tornando esse animal uma praga para o ser humano (pois sua concha pode armazenar água, contribuindo para a procriação do mosquito da dengue que transmite Zica, Febre Amarela, Chikungunya e Dengue) assim como para as plantações que são destruídas por esses caramujos. Portanto, a importância da fiscalização e da punição dos meliantes se torna crucial para o controle do tráfico e para a preservação das espécies que correm risco de extinção. O tráfico de animais silvestres é um problema que o Brasil enfrenta há décadas. Sabendo disso, é preciso que haja maior investimento na fiscalização e na educação formal da população. Isso se daria por meio do Governo Federal, em parceria com iniciativa privada que, através da redução de impostos e direcionamento correto dessa verba, recrutaria mais policiais ambientais e investiria mais na tecnologia para o uso de drones e câmeras de monitoramento para localizar e identificar os traficantes. Também, com a introdução de programas educacionais nas escolas públicas e privadas, é possível instruir os alunos sobre a importância de preservar o meio ambiente e de fazer a denúncia caso presencie um tráfico. A fauna e a flora não podem ser prejudicadas a risco de extinção por motivos comerciais, pois o desequilíbrio causado pode ser irreversível.