O Pulmão do Mundo: uma das referências que o Brasil carrega, remetendo-se involuntariamente à Amazônia, lugar onde possui uma fração gigante da biodiversidade existente no planeta, mas que infelizmente, os brasileiros e o governo, principalmente, não estão cuidando de forma eficaz, seja pela cultura de exploração de animais silvestres, ou pela não eficiência das fiscalizações do governo. O modo como o brasileiro enxerga a natureza, estar enraizada em sua cultura histórica colonizadora por vincular a natureza como fonte de enriquecimento baseado em exploração. Os procedimentos tomados por quem exporta animais selvagens, especialmente os retirados da Amazônia, não são muito diferentes dos do século XVIII por exemplo, pois a redução ou até a extinção da espécie não é, em nenhum momento, um fator de preocupação para os traficantes, e até mesmo a forma bárbara como os animais são tratados e exportados reflete na rudimentaridade de tais ações. O governo brasileiro também há de evoluir no que diz respeito à eficiência e medidas tomadas para inibir e extinguir o tráfico de animais. No atual cenário, tais traficantes atuam nas sombras criadas por um governo que não consegue ao menos intimida-los, pois têm-se no território brasileiros vastas áreas e fronteiras livres para que se cometam tais crimes. Um governo omisso cria mais brechas para as irregularidades. Portanto, para que o Brasil não perca sua gigante fração da biodiversidade mundial, a arquitetura do combate ao tráfico de animais silvestres tem de ser reformulada, com uma parcela de investimento financeiro maior para suprir as gigantes áreas e fronteiras brasileiras descuidadas, e medidas de conscientização contra o tráfico de animais tem de alcançar maiores parcelas da população, principalmente aos que moram em áreas isoladas ou afastadas dos centros urbanos, pois esses podem ter um contato maior com a biodiversidade em geral, garantindo assim em longo prazo, uma sociedade mais consciente.