Segundo dados do Ibama, a cada captura de dez animais silvestres por traficantes, apenas um consegue chegar ao seu destino final; os outros nove são mortos durante a captura ou durante o transporte. As negligências não param, são inúmeros casos relatados no Brasil e no mundo. Sendo que o tráfico ilegal de animais silvestres está em terceiro lugar no ranking mundial, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. Geralmente, esses animais são vendidos de acordo com: dificuldade de obtenção na natureza, raridade, riscos de extinção e também substâncias para fins de pesquisas farmacêuticas. Em vista dos milhões que revestem este tráfico ilegal, está cada vez mais difícil de combater o comércio local quanto o internacional. Infelizmente, o prazer de alguns afeta todos. Já é possível notar o desequilíbrio ecológico na fauna e flora brasileira, em razão dessa prática. Existe, sim, leis ambientais que proíbem e punem os autores do crime, porém a pena não é tão rígida quanto deveria ser, ao invés disso traficantes e colecionadores de animais cumprem apenas de seis meses a um ano de prisão e pagam multas por tais atos; e logo são soltos. Mas quem irá fiscalizar e garantir que não estarão novamente cometendo os mesmos crimes? Infelizmente, essas ações do desapego à natureza estão enraizados em nossa cultura, é preciso, sim, apresentar nova postura de cidadãos conscientes. Portanto, torna-se necessário ter a consciência de que a fauna é de nossa responsabilidade, cabe a nós zelar dela e exterminar o tráfico de animais silvestres, a fim de restaurar o equilíbrio ambiental e lançar um olhar menos egoísta para as futuras gerações. E também repensar as leis vigentes para tornar-las mais rigorosas.