O fascínio que a fauna e flora brasileira despertam em que as contemplam não é recente. Em alguns trechos da carta de Pero Vás de Caminha à realeza portuguesa é relatada sua exuberância. Essa beleza, porém, também desperta o olhar de pessoas dispostas a lucrar com sua exploração. As regiões de matas e floresta brasileiras, muitas delas desassistidas pelo poder público, são território privilegiado para a ação de fortes esquemas ilegais de captura e venda de animais silvestres para outras regiões, inclusive fora do país. Os negociantes talvez mal saibam do quanta a prática é nociva ao meio-ambiente e a sociedade, no geral. Todo ecossistema é interligado. Isso significa que cada planta, animal ou condição climatológica (temperatura, luminosidade, umidade, pro exemplo) tem uma função específica não executável por outro componente e imprescindível para o equilíbrio do mesmo. Se for subtraida qualquer espécie ou modificada qualquer condição, os efeitos são podem ser devastadores. Um dos problemas que podem ser causados pelo contrabando de animais, em estágio avançado da prática, é o desaparecimento da espécie uma vez que essa não terá mais condição de se reproduzir por falta de espécimes saudáveis. Isso implica na quebra da cadeia alimentar do sistema, que pode significar o desaparecimento de outras espécies, que se alimentam do animal primariamente extinto ou a superpopulação de outras, em casos de extinção de seus predadores (o que culmina em pragas prejudiciais a lavou, por exemplo). No Brasil, já temos número considerável de espécies extintas ou em extinção e não se pode mais observar passivamente o seu crescimento. O combate a essa prética deve começar com a criação de alojamentos com policiamento 24 horas nas zonas de maior risco mantidas pela polícia ambiental ou exercito. O nosso futuro depende da conservação da natureza.