Uma realidade partilhada pelo Brasil e por outros países pelo mundo, é o tráfico de animais silvestres na qual países estrangeiros utilizam a fauna nacional de outros países com fins comerciais e lucrativos. Diante disso, faz-se necessário destacar como se estrutura esse regime exploratório no Brasil e as ações realizadas para conter esse processo no século XXI. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) o tráfico de animais configura-se como a terceira maior atividade ilícita no mundo. Assim, no Brasil diante de sua extensão territorial a ação de criminosos é intensificada na Amazônia, na Mata Atlântica e no Pantanal, com a captura e venda de inúmeras espécies endêmicas. Acerca disso, pode-se destacar que a retirada sistemática de animais tem por consequência a extinção local ou da espécie. Além disso, a deficiência legislativa, ou seja, de leis nacionais específicas de combate, agrava esse processo. Em contrapartida, no Amapá diante da necessidade de proteger a biodiversidade local, apresenta uma lei estadual que limita e controla o acesso aos recursos naturais do estado. Nesse contexto, mesmo diante da ação de organizações não-governamentais, de órgãos federais como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) e a atuação da Polícia Federal, a retirada de espécies do território nacional persiste. A isso se deve a falta de interesse da sociedade, ou seja, em não denunciar ações criminosas, além da venda de animais em feiras em diversos municípios. Assim, as ações e projetos em prol da luta contra o tráfico "perdem força", e têm sua atuação limitada. Portanto, o cenário brasileiro em relação a essa prática criminosa mostra-se de fato desafiador, mas que pode ser solucionado por meio da ação conjunta: Estado e população. Assim, cabe a União, e principalmente ao Poder Legislativo, regimentar leis severas, que punam desde a captura até a possível venda, os responsáveis - criminosos. E a população o ato de delatar ações às diversas delegacias especializadas em crimes contra a fauna e flora existentes no Brasil, mostra-se como uma ajuda indispensável, a fim de que o patrimônio ambiental nacional seja preservado.