A sociedade brasileira tem enraizada em sua cultura a posse de animais, muito disso deve-se à história: na era pré-histórica o cão andava em conjunto à tribos de humanos. Porém, hoje existe um interesse nos animais que não foram domesticados, como o próprio cachorro e o gato, os animais silvestres sofrem pelo tráfico ilegal por conta de um desejo egoísta. Esse crime só existe por ser rentável, ou seja, muitas pessoas não veem problema em retirar um animal de seu habitat natural e o colocar em um ambiente inóspito somente para fins de diversão humana. Pior, muitas pessoas ao comprarem os animais acham que estão fazendo o bem por darem um “lar” e cuidarem dos bichos, sem terem ideia do mal que isso está causando para esses seres vivos. Todavia não é só isso, antes de chegar a ser vendido o bicho fica sujeito a um transporte de péssima qualidade em celas apertadas e ainda dividindo o espaço com outros animais. Além disso, sofrem maus-tratos e mutilações por parte dos traficantes que, por exemplo, cortam as asas das aves para impedi-las de voar, para assim, os novos donos não as perderem por conta de uma possível fuga. O tráfico não afeta somente o animal traficado, a cadeia alimentar do habitat do bicho também é alterada, prejudicando a seleção natural de toda a comunidade biológica presente na região. Segundo Darwin, a seleção natural é o mecanismo de adaptação de uma espécie ao seu meio e a retirada de um indivíduo modifica essa adaptação alterando a evolução das espécies. Portanto, uma postura rígida é necessária, por meio de uma maior vigilância das matas e florestas ciliares, campanhas de alerta à população sobre o tráfico, uma legislação mais dura sobre a compra e venda de animais, para o que for legalizado e um código penal mais austero para os traficantes.