Desde o Período Colonial, no século XVI, a diversidade da fauna brasileira já era capitalizada devido à caça e venda de várias espécies nativas aos europeus. Porém, atualmente, o tráfico de animais silvestres continua e contribui com os desequilíbrios ambientais e com a criminalidade. Primeiramente, é necessário desconstruir a visão de natureza como recurso financeiro. Sua preservação é importante, principalmente por motivos morais, e a exploração excessiva coopera com a desestabilidade da teia alimentar, a manipulação da seleção natural e com a Síndrome da Floresta Vazia, onde o reestabelecimento demográfico das espécies vegetais florestais não acontece posto que não há animais para disseminarem sementes e polinizarem flores. Outrossim, o tráfico de animais selvagens só perpetua pois existem compradores que, na maioria das vezes, são zoológicos, instituições que realizam pesquisas científicas e pessoas comuns à fim de domesticá-los e, porque a legislação é ineficiente, permite a impunidade dos envolvidos e encoraja a biopirataria. Segundo dados do IBAMA, as penas aplicadas para pessoas flagradas com um animal e para aquelas que traficam dezenas deles é a mesma. Destarte, para que o contrabando de animais nativos seja extinto e, assim preservar o patrimônio biológico das terras tupiniquins, caberá ao Poder Legislativo, juntamente aos Ministérios do Meio Ambiente e da Defesa, adequar as leis de proteção à natureza de acordo com a realidade mediante revisões, monitorar pontos estratégicos para fiscalização das fronteiras e designar policiais militares ambientais a supervisionarem rodovias e aprisionarem quem comercializar, transportar ou comprar animais silvestres.