Durante a pré-história o homem vivia uma relação de cumplicidade e passividade com a natureza. No entanto, com o advento do capitalismo financeiro essa união foi abalada pela reificação, que transformou inclusive os animais em mercadorias, prejudicando a rica biodiversidade brasileira e ameaçando o equilíbrio natural. Desse modo, devido o tráfico de animais ser extremamente lucrativo e contar com uma relativa aceitação da sociedade esses danos ecológicos tem se intensificado. Em primeira análise, o tráfico de animais tem se consolidado, visto que as medidas tomadas pelas autoridades são muito brandas. A exemplo disso, segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, 38 milhões de bichos são retirados de seus habtats anualmente, prejudicando a continuidade das relações reprodutivas e alimentares relacionadas aos seres de cada ecossistema, provocando o comprometimento do equilíbrio ecológico do meio ambiente. Embora existam algumas medidas para atenuar esse problema, se demonstraram incapazes de frear a sua continuidade, uma vez que suspeitos são detidos e logo liberados, somado a multas que não punem severamente, assim sendo, essa postura no final das contas faz o crime compensar. Convém lembrar que a continuidade desse crime está diretamente relacionada ao grade número de pessoas que o suprem. Nesse sentido, colecionadores, zoológicos e Clínicas que fazem testes de medicamentos são algumas parcelas da sociedade coniventes com esse crime, mesmo que segundo o Ibama, 90% dos animais silvestres morrerem após saírem da natureza a população não se conscientiza acerca da dimensão dos danos ambientais. Torna-se necessário que, portanto, a população e o Poder Público se unam para combater a ameaça as mais variadas espécies existentes no brasil. Em primeiro plano, cabe ao Poder Legislativo criar leis mais severas desestimulando o crime, por meio de multas pesadas, além de prender envolvidos em formações de quadrilhas de tráfico de animais, para isso deve se investir no aparelhamento de polícia ambiental intensificando o combate. É relevante, também, que o Poder Executivo invista na educação ambiental nas escolas, por meio de palestras seminários e estudo das funções das espécies na natureza, visando tornar a sociedade consciente da sua importância na preservação da diversidade brasileira. Com isso, os seres continuarão o seu processo natural de evolução os transcende.