O habitat de cada espécie animal é de indubitável importância para o desenvolvimento desta. Todavia, existe, no mundo, inúmeras pessoas inescrupulosas que buscam diariamente por ganância animais silvestres em países como o Brasil com o objetivo de trazê-los para serem bichos de estimação, para fins científicos, para coleção e para expor em zoológicos. Desse modo, o transporte, a falta de rigorosidade na fiscalização e a inconsciência dos seres humanos colaboram, de maneira efetiva, a prática dessa ação ilegal. Esse ciclo vicioso de tráfico já ocupa o terceiro lugar como um dos crimes mais realizados no Brasil. O filme Rio retrata esse lado de maneira mais sutil, pois evidencia a captura de uma arara na qual foi transportada para o Alasca. Diferente da animação, que mostra o cuidado e o amor da personagem humana ao encontrar a ave, inúmeras criaturas são transportadas de maneira insalubre e tratadas cruelmente pelos captores podendo ir a óbito antes mesmo de chegar no destino previsto. Dentes e asas são arrancados, rabos são retorcidos para deixarem esses bichos tontos, além de serem colocados escondidos em lugares abafados e sem ventilação. A ausência de fiscalizações mais rigorosas possibilita o contínuo comércio ilegal de várias espécies.Autoridades competentes como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Polícia Militar Ambiental não são suficientes para cuidar de um território de grande extensão como o Brasil. Assim, com várias brechas principalmente na região litorânea do Nordeste, o repasse de animais silvestres para a Europa, América do Norte e outras regiões do globo são frequentes. Por conseguinte, isso demonstra não apenas a criminalização das pessoas que captura mas sim, daqueles que aceitam comprar esses seres vivos como se fossem mercadorias inanimadas. Para, gradativamente, extinguir de maneira eficaz o tráfico é necessário aumentar o número de fiscais e postos de fiscalização por todo país. Subsídios governamentais para a ampliação de reforços e o apoio midiático para conscientizar a população através de propagandas, palestras e distribuição de cartilhas sobre a problemática nas comunidades e nas escolas são também imprescindíveis. Ademais, uma legislação mais rigorosa é também preciso para erradicar esse mal.