Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa no Brasil, cultiva-se a ideia de que nossos recursos naturais são infinitos e de que as vidas que aqui residem são propriedades eurocêntricas.Seguindo esse pensamento, o território brasileiro foi excessivamente explorado, e atualmente o tráfico de animais é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar e combater. Segundo dados do IBGE, são retirados por ano cerca de 12 milhões de animais de seus respectivos habitats para manter o insustentável tráfico de animais que, na visão de muitos historiadores, se aproxima, em dor e número, do tráfico de escravos.A situação citada acima torna-se alarmante ao passo que muitas espécies de animais são colocadas em risco de extinção, diminuindo a variabilidade genética de suas áreas de morada, além de que a desarmonia de espécies em um ecossistema é responsável por grandes mudanças negativas ao seu redor, tais como o aumento de pragas e mudanças de solo. Contudo, caminhamos lentamente rumo a uma solução para o impasse, visto que p tráfico de animais é um negócio extremamente lucrativo.Uma arara azul, por exemplo, pode chegar a R$180000,00, e sua rota de tráfico pode se estender do Brasil a Europa.Além disso, a ineficiência das leis vigentes em conjunto a corrupção social- do povo pelo povo- são agravantes da situação que carece urgentemente de soluções.Nessa medida, torna-se evidente que o consumo corrompeu a alma humana, assim como previa Karl Marx em sua obra "O Capital". Portanto, torna-se necessária uma intervenção civil e estatal.Em primeiro plano, o Ministério Público em parceria a Polícia Federal, deve instituir na internet um site de denúncias anônimas à indivíduos responsáveis pelo contrabando de animais, para que estes infratores sejam penalizados perante alei sob a gravidade de seus atos. Ademais, assim como disse Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo.Tendo em vista esse pensamento, a mídia deve destinar uma maior parcela de seu tempo para palestras relacionadas ao tema e ressaltando a importância de não compactuar com tais práticas, a fim de conscientizar a população, pois, assim como disse Millôr Fernandes, o Brasil ainda tem um longo passado pela frente.