"Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais" a frase de Kant contextualiza a realidade brasileira do tráfico de animais silvestres. Esse comércio ilegal cresce a cada ano devido à lucratividade e as consequências abrangem as questões ambientais, políticas e econômicas. O Brasil, que desde o período colonial é cobiçado por suas riquezas naturais e minerais, torna-se uma "mina de ouro" devido à sua complexa biodiversidade. O tráfico internacional muitas vezes ocorre em função da ciência, situação essa ligada ao fato que muitos cientistas, nativos de países sem uma grande diversidade ambiental, recorrem a biopirataria para a continuação de suas pesquisas. Fatos assim colaboram para que o tráfico de animais silvestres seja o terceiro maior comércio ilegal do mundo movimentando 10 bilhões de dólares por ano. A grande extensão territorial do Brasil contribui para a fiscalização ineficiente nas áreas florestais e nas matas, locais esses que abrigam animais como a arara azul que participa ativamente da dispersão de sementes das quais também se alimenta. Isso prova que a extinção de uma espécie leva um desequilíbrio ambiental que sem a devida atenção das autoridades pode tornar-se irreversível. Portanto, o Governo Federal deve aumentar o policiamento nas fronteiras e em aeroportos a fim de diminuir a biopirataria. As ONGs ambientalistas devem criar medidas para aumentar a reprodução de espécies em extinção para reverter os prejuízos causados à natureza e as escolas devem inserir uma matéria no currículo escolar destinada ao ensino sobre o meio ambiente, dessa forma as crianças serão capacitadas a dar valor à natureza.